segunda-feira, maio 22, 2006

Fechados para Balanço

Todos estamos.

Eu, Verso, Nós...

Porque desgasta. Em todo relacionamento nos doamos, mais do que deveríamos, talvez. Com toda a sede de um faquir. Toda fome do faminto mais guloso do mundo... todo desespero de um poeta que quer, finalmente, sentir, conhecer sobre o que teoriza... o amor.

E depois, dói. Dói tanto que esvazia. Sentimo-nos leve, carregando o peso de um mundo inteiro nos ombros, e andando sobre uma corda bamba, sem chão e sem sombrinha.

Finalmente, caímos e batemos com a cara no chão. Dói mais. Dói demais.

Não se come, não se sorri. Só se respira - porque não há como fugir da realidade.

Levemos a vida então. Aguardando ou não uma nova chance, mas não buscando. Sem correr atrás dela - porque ela é uma faca de dois gumes. Leva-te do céu ao inferno em um momento de dois segundos. Em menos de uma palavra. Na sutileza de um olhar ou uma lágrima.

É assim... e a gente se fecha. Porque a dor, não queremos mais.


Postado por Prosa