Fechados para Balanço
Todos estamos.Eu, Verso, Nós...
Porque desgasta. Em todo relacionamento nos doamos, mais do que deveríamos, talvez. Com toda a sede de um faquir. Toda fome do faminto mais guloso do mundo... todo desespero de um poeta que quer, finalmente, sentir, conhecer sobre o que teoriza... o amor.
E depois, dói. Dói tanto que esvazia. Sentimo-nos leve, carregando o peso de um mundo inteiro nos ombros, e andando sobre uma corda bamba, sem chão e sem sombrinha.
Finalmente, caímos e batemos com a cara no chão. Dói mais. Dói demais.
Não se come, não se sorri. Só se respira - porque não há como fugir da realidade.
Levemos a vida então. Aguardando ou não uma nova chance, mas não buscando. Sem correr atrás dela - porque ela é uma faca de dois gumes. Leva-te do céu ao inferno em um momento de dois segundos. Em menos de uma palavra. Na sutileza de um olhar ou uma lágrima.
É assim... e a gente se fecha. Porque a dor, não queremos mais.
Postado por Prosa